sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Porque hoje é sexta...

E o mundo está muito mais bonito!

"Amo a musica, acredito na melhoria do planeta, confio em que nem tudo está perdido, creio na bondade do ser humano e intuo que a loucura é fundamental. Agora só me faltam carneiros e cabras pastando solenes no meu jardim.
Viver é ótimo."

Elis Regina

domingo, 14 de novembro de 2010

Pensando alto

Faz tanto tempo que eu não escrevo alguma coisa exclusivamente pra postar no blog... Até pensei em escrever uma crônica ou um conto, mas o fato é que eu não quero escrever algo poético, mascarado. Eu quero escrever sobre mim, sobre a vida, sobre as pessoas que eu amo... Enfim, sobre o que eu sinto (sem entrelinhas). Hoje não é um bom dia pra roubar ou inventar vidas.
Sexta-feira foi meu aniversário e, pela primeira vez, eu senti que tudo estava no seu devido lugar em um dia de aniversário. Ouvi tantas coisas doces, que eu tenho certeza que vieram do fundo de alguns corações por aí, e até fiquei impressionada com a impressão que algumas pessoas têm de mim. Me senti verdadeiramente eu. Transparente, entregue. Como se eu me olhasse no espelho e visse exatamente o que muita gente vê.
Além disso, me senti plenamente feliz por conseguir olhar para pequenas coisas e ver grandes coisas. Se há dois anos eu teria ficado triste por não receber o abraço que sonhei de uma pessoa específica, sexta fiquei feliz porque outra pessoa, que eu nem sonhava gostar tanto de mim, me abraçou com muita devoção. Eu acho que tenho mais pessoas legais na minha vida do que consigo perceber.
Aliás, ainda na sexta, eu tive uma conversa muito boa com a Nicole, que tem sido o meu sol. Ela estava falando sobre o quanto a gente ama as pessoas e não deixa elas saberem. E é verdade. Eu amo tanto a minha vida e todas as pessoas que fazem ela ser melhor, e eu não falo isso sempre. Ou melhor, algumas pessoas nunca ouviram isso de mim. Então vale a dica: se você me faz sorrir e eu te dou alguma atenção, há uma grande probabilidade de eu amar você (leia isso, mãe! hahaha). E se você já ouviu alguma reclamação minha sobre a sua falta de atenção, aí a probabilidade é bem maior.
Enfim, acho que eu só queria escrever isso. Eu amo a minha vida, ela é linda e esse ano eu conheci e reconheci muita gente especial. Portanto, aí vai o meu agradecimento, Deus, porque eu sei que tudo tem o seu dedo. E o outro agradecimento vai para as pessoas da minha vida, ipês, gatos e limões. Essas coisas fazem a minha existência fazer algum sentido.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Eu não traio

Infidelidade, disse ele. Fiquei meio assustada. Como assim, Infidelidade? Aquele filme me enche de tédio, como a maioria dos filmes que têm o Richard Gere. Não pode. Dá pra gostar de Flashdance, Lolita, Embalos de Sábado à Noite... Sei lá, qualquer coisa, menos Infidelidade. Mas ele não mudou de ideia, então era isso. Eu estava namorando o cara que gosta de “Infidelidade”.
Prometi assistir de novo e procurar mais sobre o filme no google. Resolvi procurar no google primeiro. Cheguei em casa, abri o notebook e comecei a digitar. Google.com. Enter. Infidelidade. Enter. 540.000 resultados. Na primeira página, artigos psicológicos, uma música interpretada por Caetano Veloso e uma pesquisa curiosa. Do Caetano, eu só gosto de Nosso Estranho Amor. É a música tema de Romance, aquele filme que tem o Wagner Moura. Aquele sim é filme de verdade. Infidelidade nem aparece na primeira página da busca. Mas voltando aos resultados, resolvi ficar com a pesquisa curiosa mesmo.
A pesquisa dizia que os brasileiros são os mais promíscuos e infiéis da América Latina. E por “brasileiros” entenda “brasileiras” também. Que absurdo. Eu nunca pulei a cerca. Minha mãe sempre diz que a gente pode trair até por pensamento, mas eu nem penso nessas coisas. Meu namorado tem um gosto bem ruim, mas é ótimo. Enfim, google me deu fome. Maldita publicidade. Fui à padaria.
No caminho, vi uma menininha birrenta. Ela não tinha os dois dentes da frente e queria um pirulito que vira numa vitrine. A mãe não tinha o dinheiro, pelo jeito. Menina mimada. E depois ainda falam de “lei da palmada”. Me poupe. Em seguida, vi um velho de boina fumando. Ele estava se achando muito francês e o cigarro era um Derby. Andei mais uns passos e vi a vizinha loira do 401. Essa sim tem fama. Dizem que o marido já nem passa mais pela porta por causa dos “galhos”. Ainda bem que eu não traio e nem penso nisso. Quase chegando à padaria, vi um loiro bonito que carregava um Labrador pela calçada. Parecia simpático. Cheguei a parar pra acariciar o cachorro. Pensei em ter um cachorro também, assim nossos cachorros começariam a brincar e nós teríamos que nos olhar e sorrir meio sem graça. Com sorte, a regata dele pararia no meu chão depois disso. Ô, lá em casa. Foi então que ele me deu uma piscadinha. Ai, credo. Ainda bem que eu não traio. Nem penso nessas coisas.



[Aulas sobre crônicas podem ser produtivas. Ou não.]

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Não basta se cansar do mundo, tem que se cansar de si próprio.
Tem que ouvir a própria voz perdendo a magia, ganhando cansaço.
Tem que acreditar que o mundo precisa mudar, mas não saber se começa por dentro ou por fora.