quarta-feira, 3 de março de 2010

Diga a verdade, diga a verdade, diga a verdade


A vida tem me dado uns beliscões e chorar não faz o meu amargo parecer mais doce. Me sobram apenas cinco segundos todos os dias, e esses, somente esses, empresto pra tristeza. Como Claire Colburn diria: "Aproveite, desfrute, descarte". Eu só gostaria de ter uma maquina do tempo, como num desses filmes ruins de sessão da tarde, e voltar a ser criança outra vez. Até os meus doze anos as coisas passavam como um borrão, na minha infância nada era tão pessoal.
Minha professora de psicologia disse que o meu jeito "don't worry, be happy" de ser poderia me transformar numa panelinha de pressão, but... who cares? Isso só me faz pensar: reclamar, xingar os deuses, alterar o meu humor... Alguma dessas coisas pode me dar um pouco mais de paz?
Acho que essa sou eu. Os dias passam, os cigarros queimam, os problemas aparecem, os problemas se resolvem e chega o fim do mês. Faz tanto tempo desde a última vez que algo bom me fez tremer. O mundo é preto e branco e eu gosto é de rosa.
Queria ser como uma igreja. Grande, silenciosa e cheia de fé.
As coisas boas acontecem, não tenho dúvidas disso, mas sempre existe a espera. Entrei numa das grandes filas de espera, mas acredito que se a fila é grande, é porque é nela que se obtém as melhores coisas. Eu posso esperar um pouco mais pra ter o melhor, acho que mereço tudo isso. E se não mereço, por favor, Deus, me mostre um jeito de ser melhor. Afinal, se seguir em frente é não merecer, eu posso encontrar um meio de parar.

Um comentário:

ana disse...

Leonardo Hoffman era um fake.
Ele usava as fotos de um menino americano chamado Benjamin Gleitzman. Isso foi descoberto em outubro do ano passado.