Não sei mais do que se trata esse tal de amor e honestamente desisti de entender. Falei pra melhor amiga que não pode ser amor e ela insistiu em discordar, mesmo sem uma boa teoria. Mas me diz: como pode ser amor se eu sequer tremo? Achei que esse fosse o grande sintoma. Achei que queimar o arroz, encher a comida de sal, caminhar por aí só pra pensar, ouvir aquela música brega, rir sozinha, prestar atenção nos detalhes, consumir a presença, exercitar a imaginação e ativar a memória olfativa fossem NADA perto da tremedeira. O bom não é isso? Sentir o frio na barriga, a ansiedade, querer chorar, gritar, rir... tudo ao mesmo tempo?
A voz dele não me provoca grandes sensações e eu não quero que ele se mude pra minha vida. Pode deixar as malas no corredor. Mas quando ele chega eu fico a implorar: Olha pra mim. Olha pra mim. Olha pra mim. Olha pra mim porque eu estou aqui, esmagada pela sua presença, pedindo pelo teu olhar.
E aí, se ele não olha, se torna amor. Porque o meu amor é assim. É álcool na ferida. Rápido e excruciante. É instantâneo - me arrebata e me deixa na velocidade da luz. Mas se não é amor, o que mais pode ser?
Você que inventou o amor... me explica por favor?
2 comentários:
Opinião minha. Amor não foi feito para entender, foi feito para sentir. Belo texto.
"E aí, se ele não olha, se torna amor." - exato!
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