Decidi parar de pensar. Decidi parar de pensar e de falar. Depois ainda estabeleci metas: acordar mais cedo, comer mais cenoura, dar bom dia à vizinhança, ouvir menos Coldplay e tomar mais leite.
Chega de ficar imaginando como ele chegaria pra me dizer "e aí? tudo bem? eu te amo!"
Pra quem sempre preferiu voar, recolocar os pés no chão é uma dádiva. Preciso manter contato com a terra - só pra variar.
Penso que enquanto eu fico achando que o sorriso dele é tão lindo que poderia iluminar uma cidade inteira, eu poderia cuidar mais do meu.
Necessito desesperadamente de alegria. Ou melhor, alegria não: euforia! Quero voltar a ler, quero dar risada do sarcasmo do House, quero assistir "Casablanca" sem sentir que me falta algo, quero andar por aí no fim da tarde só porque assim eu me sinto mais parte do universo. Aliás, por que diabos eu não olho mais pros ipês da esquina de cima? Eu costumava fazer isso. O cheiro deles me lembra de como ter paz - e eu quero paz. Quero qualquer coisa que me faça voltar a dormir com aquele cansaço típico de quem foi feliz demais pra pensar em algo melhor depois que apoia a cabeça no travesseiro.
"Supere isso e, se não puder superar, supere o vício de falar a respeito", aconselhou Maryan Keyes, uma santa.
Um comentário:
estamos passando exatamente pela mesma fase, de superação. descobri que é preciso parar de atribuir significado a tudo, e principamente parar de me culpar por não conseguir não me preocupar com tudo
voltei com o blog, mas nem postei nada d+ ainda...
;D até+
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