quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Desvendando mitos I
A pergunta é: você diz pro homem perfeito que o mundo é cor-de-rosa. O que ele te responde?
Nicole Sourient, 23 anos:
- Eu sou seu mundo.
Suzana Carvalho, minha digníssima mãe, 47 anos:
- Querida, não seja tão burra.
Maria Carolina, 18 anos:
- Só é cor-de-rosa porque estou com você.
Anna Beatriz, 6 anos:
- Saia daqui, menina.
Aline Reis, 21 anos:
- Por que?
Evelyn Bueno, 19 anos:
- Não sei, tô lesads hoje.
Conclusão: e depois dizem que todas as mulheres são iguais.
P.S.: Se você também ficou pensando na frase da Nicole e chegou à conclusão de que o homem perfeito dela é gay, diga EU!
P.P.S.: Aguardem a segunda rodada.
Nicole Sourient, 23 anos:
- Eu sou seu mundo.
Suzana Carvalho, minha digníssima mãe, 47 anos:
- Querida, não seja tão burra.
Maria Carolina, 18 anos:
- Só é cor-de-rosa porque estou com você.
Anna Beatriz, 6 anos:
- Saia daqui, menina.
Aline Reis, 21 anos:
- Por que?
Evelyn Bueno, 19 anos:
- Não sei, tô lesads hoje.
Conclusão: e depois dizem que todas as mulheres são iguais.
P.S.: Se você também ficou pensando na frase da Nicole e chegou à conclusão de que o homem perfeito dela é gay, diga EU!
P.P.S.: Aguardem a segunda rodada.
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
É assim
- Eu te acho inteligente.
- Como assim? Eu estou usando a roupa mais sexy que eu tenho, os meu cabelos foram alinhados só para desalinhar o seu coração, eu leio Bukowski pra parecer divertida quando acho que você vai morrer de tédio, todos os seus amigos acham que eu sou perfeita, sempre te acompanhei na cerveja e vou aos jogos do seu time. Você precisa me amar.
- É. Você acabou de dizer as coisas mais inteligentes que eu já ouvi.
- Como assim? Eu estou usando a roupa mais sexy que eu tenho, os meu cabelos foram alinhados só para desalinhar o seu coração, eu leio Bukowski pra parecer divertida quando acho que você vai morrer de tédio, todos os seus amigos acham que eu sou perfeita, sempre te acompanhei na cerveja e vou aos jogos do seu time. Você precisa me amar.
- É. Você acabou de dizer as coisas mais inteligentes que eu já ouvi.
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Mais
Hoje foi o dia mais febril do meu mês e eu só queria ser abraçada pelo mundo inteiro.
Sobraram 15 minutos, fumei dois cigarros, conversei com todo mundo pra ver se alguém me dava um pouco mais de atenção e fui embora com o coração apertado.
Pedia mais, muito mais. De repente os diálogos sobre arte, música e história não faziam o menor sentido.
Pra que tanta educação?
Tem dias em que a gente se esquece de que é bom ser inteligente e fica lá, no meio de todo mundo, esperando alguém olhar e dizer "é você".
Sem retóricas, sem rodeios: é você.
Sobraram 15 minutos, fumei dois cigarros, conversei com todo mundo pra ver se alguém me dava um pouco mais de atenção e fui embora com o coração apertado.
Pedia mais, muito mais. De repente os diálogos sobre arte, música e história não faziam o menor sentido.
Pra que tanta educação?
Tem dias em que a gente se esquece de que é bom ser inteligente e fica lá, no meio de todo mundo, esperando alguém olhar e dizer "é você".
Sem retóricas, sem rodeios: é você.
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Pra não dizer que não fugi
Disfarcei, desviei os olhos do olhar acusador do inimigo, pensei nas latas de tinta que foram usadas pra deixar a cor daquela parede tão uniforme. Tentei tirar da mira, da cabeça, do coração, da agenda, e me vi sentada três horas depois, tomando seis drinques antes de encarar o telefone. Fraquejei, tremi, temi e percebi que doía um pouco.
Me causa dor física, tensão, deixa a pressão lá em cima quando não pára de olhar. E eu não posso evitar, mesmo que queira não corar ou correr por aí, repetindo alguma frase banal.
- Ele não. Ele não. Ele não!
Ele não, porque eu sei que pra ele não sou eu. É ela, é mais outra, é aquela lá. Às vezes é uma versão de mim. Alguém muito mais interessante, sem essa expressão de felino rejeitado tatuada no rosto. Alguém que não vaga pela vizinhança. Esse meu eu independente que só existe na memória dele. Perdi o controle.
Marisa Monte cantou, Chico Buarque consentiu e eu não quis aceitar. Meu coração é um músculo involuntário - e ele pulsa por você.
Me causa dor física, tensão, deixa a pressão lá em cima quando não pára de olhar. E eu não posso evitar, mesmo que queira não corar ou correr por aí, repetindo alguma frase banal.
- Ele não. Ele não. Ele não!
Ele não, porque eu sei que pra ele não sou eu. É ela, é mais outra, é aquela lá. Às vezes é uma versão de mim. Alguém muito mais interessante, sem essa expressão de felino rejeitado tatuada no rosto. Alguém que não vaga pela vizinhança. Esse meu eu independente que só existe na memória dele. Perdi o controle.
Marisa Monte cantou, Chico Buarque consentiu e eu não quis aceitar. Meu coração é um músculo involuntário - e ele pulsa por você.
domingo, 15 de agosto de 2010
Agosto
"Para atravessar agosto é preciso, antes de tudo, paciência e fé. (...) Ter um amor seria importante, mas se você não conseguiu, se a vida não deu, ou ele partiu - sem o menor pudor, invente um."
Caio F.
Caio F.
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Corante
Eu queria escrever sobre o que eu sinto agora, mas parece que tudo o que poderia sair de mim, já saiu de Rodrigo Amarante ou Marcelo Camelo. É por isso que eu me afundo em Los Hermanos, cigarros e drinks desconhecidos. É por isso que eu tomo tanto chá de limão e tenho vontade de ficar lá fora, sentada no escuro, seguindo cada linha da sombra que a árvore seca faz na calçada. É o meu motivo pra dizer sim pra tudo, esperando que alguma eventualidade preencha essa falta de alguma coisa que eu só desconfio saber o que é, ou orando pra que alguém diga o que realmente sente, sem rodeios, porque fazer isso já tem me saturado o bastante.
Eu encontro arte nas manchas coloridas que as luzes dos postes e faróis fazem no asfalto molhado e no jeito das pessoas de rir. Especialmente nos meus sorrisos preferidos, aqueles tão forçados que dão rugas ao lado dos olhos. Eu procuro coisas pra me emocionar porque eu já não sei mais no que pensar. Eu costumava usar a mente pra produzir essas cenas que me congelavam o coração, mas acabei prometendo nunca mais fazer isso. Acho que pra não me desapontar, me apoiar mais na verdade ou algo assim. Não sabia que o resultado seria ficar por aí criando arte. Não é arte que me falta. É alguma coisa parecida, mas não é arte. É aquela droga de sensação que faz toda noite parecer uma cena de Jean-Pierre Jeunet. Aquele sentimento estranho que deixa as coisas mais lentas, mais laranjas, mais distorcidas.
Estou tão certa de estar longe de todas as respostas que a minha cor do momento é branco. Faltou corante.
Eu encontro arte nas manchas coloridas que as luzes dos postes e faróis fazem no asfalto molhado e no jeito das pessoas de rir. Especialmente nos meus sorrisos preferidos, aqueles tão forçados que dão rugas ao lado dos olhos. Eu procuro coisas pra me emocionar porque eu já não sei mais no que pensar. Eu costumava usar a mente pra produzir essas cenas que me congelavam o coração, mas acabei prometendo nunca mais fazer isso. Acho que pra não me desapontar, me apoiar mais na verdade ou algo assim. Não sabia que o resultado seria ficar por aí criando arte. Não é arte que me falta. É alguma coisa parecida, mas não é arte. É aquela droga de sensação que faz toda noite parecer uma cena de Jean-Pierre Jeunet. Aquele sentimento estranho que deixa as coisas mais lentas, mais laranjas, mais distorcidas.
Estou tão certa de estar longe de todas as respostas que a minha cor do momento é branco. Faltou corante.
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