Foi entre a poeira da varanda e o frio da calçada que a vi repetir sem consolo:
- Ainda podemos fugir!
Mas quem dera, não o fiz. Era covarde demais para fazê-lo. É: covarde mesmo! Porque nunca tive coragem de olhar pra mim como olhava ao redor. Pensava nas ciscunstâncias, nos sentimentos alheios, mas nunca em mim mesmo. O preço desse hábito foi vê-la partir. Meu coração se foi com o dela, que agora corria no meio da chuva, transtornada.
Ah, Se naquele momento eu pudesse prever que meu sorriso seria roubado e que sem ela só haveriam momentos de alegria e mais nada... Mas não previ.
Abri mão de mim mesmo e me vi envelhecer. Mas não de idade.
Hoje sou assim, só lembranças. Me vejo sorrir poucas vezes, nos fins de tarde em que minhas filhas caminham na minha direção. Nesses momentos, somente nesses momentos, sinto que fiz a coisa certa. Mas aquilo que pulsa dentro de mim ainda sente a falta dela.
Se passam os dias, os anos, e quando parece estar tudo bem o vento me traz aquela poeira de volta. Ela passa na minha frente e o meu corpo estremece. Ainda vejo naqueles os olhos tristes o frio da calçada, e quando a garganta começa a doer ouço o pedido:
- Volta!
Mas logo passa e lá se vai ela novamente, mais linda do que nunca.
Pudera eu parar o tempo naquele olhar...
- Ainda podemos fugir!
Mas quem dera, não o fiz. Era covarde demais para fazê-lo. É: covarde mesmo! Porque nunca tive coragem de olhar pra mim como olhava ao redor. Pensava nas ciscunstâncias, nos sentimentos alheios, mas nunca em mim mesmo. O preço desse hábito foi vê-la partir. Meu coração se foi com o dela, que agora corria no meio da chuva, transtornada.
Ah, Se naquele momento eu pudesse prever que meu sorriso seria roubado e que sem ela só haveriam momentos de alegria e mais nada... Mas não previ.
Abri mão de mim mesmo e me vi envelhecer. Mas não de idade.
Hoje sou assim, só lembranças. Me vejo sorrir poucas vezes, nos fins de tarde em que minhas filhas caminham na minha direção. Nesses momentos, somente nesses momentos, sinto que fiz a coisa certa. Mas aquilo que pulsa dentro de mim ainda sente a falta dela.
Se passam os dias, os anos, e quando parece estar tudo bem o vento me traz aquela poeira de volta. Ela passa na minha frente e o meu corpo estremece. Ainda vejo naqueles os olhos tristes o frio da calçada, e quando a garganta começa a doer ouço o pedido:
- Volta!
Mas logo passa e lá se vai ela novamente, mais linda do que nunca.
Pudera eu parar o tempo naquele olhar...