quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Como salvar sua vida
2. Não faça do sofrimento um culto;
3. Viva no agora (ou pelo menos no logo);
4. Sempre faça as coisas que teme, o gosto pela coragem se adquire
como o do caviar;
5. Confie em toda alegria;
6. Quando o olhar maligno fitá-lo fixamente, olhe para outro lado;
7. Prepare-se para ter 87 anos.
Salve Sua Vida, Erica Mann Jong
domingo, 8 de novembro de 2009
sábado, 17 de outubro de 2009
quarta-feira, 29 de julho de 2009
sábado, 20 de junho de 2009
O cara dos dreads
É apenas mais um corpo em (im)perfeita distância. Desses que passam e só te notam caso a gravidade não contribua, caso o equilíbrio se perca, caso a voz se exalte. Mais um humano cheio de vida que circula todos os dias ao redor, sem nada declarar, apenas rondando, vivendo a própria vida. Protagonista da própria existência.
É alguém que se senta num banco e pensa no dia que você não presenciou e jamais nota a movimentação. Ou ignora. Às vezes sorri. É um par de olhos castanho-esperança, é uma voz que você desconhece, um futuro que você não toca.
Talvez seja um guardião de sonhos promíscuos, certezas impossíveis, crenças improváveis. Algo que impulsione o sorriso de cristal. Nada que se possa conhecer. Nada que movimente o mundo.
Mas é “só”.
Só o que você pede pra ter. Só o que te suga a atenção. Só o que a vida te dá com a certeza do roubo. Um desses roubos ao qual você cede porque jamais iria atrás do ladrão.
É só o que importa quando passa. É só e ainda assim é tudo. Só o seu tudo.domingo, 14 de junho de 2009
Eu queria beber do teu vinho sem me embreagar. Queria amar a sobriedade. Queria racionalidade.
Eu queria dizer que o cheiro da madeira fria do quarto lá de cima me entorpece. Queria odiar essas coisas que dão vida e a gente sorri, sabe-se lá pra quê.
Eu queria que as minhas mãos fossem mais firmes, queria acertar o caminho, chegar em casa na hora que planejei.
Eu queria não sentir tanto as tuas pálpedras que se fecham na hora errada. Queria apenas não dizer. Queria usar você.
domingo, 24 de maio de 2009
Você não pode imaginar o quanto dói na minha ferida aberta o teu veneno despejado sobre a tua pele fechada.
Teus gritos fazem os meus ouvidos doerem mais do que você, surdo, poderia imaginar.
quarta-feira, 29 de abril de 2009
Menina tédio
Ele é bem estranho, na verdade. Inocente e... curioso. Ele não fala com ninguém, parece estar sempre longe, não se parece nem um pouco com o resto daquelas pessoas. Tão alheio. O cabelo não vai pra cima, os olhos não são tão claros. É diferente, é o contrário, é a oposição em pessoa.
quinta-feira, 23 de abril de 2009
"A cabana"
sábado, 4 de abril de 2009
Hero
quarta-feira, 18 de março de 2009
Não passou
Eu poderia sentir o teu abraço como qualquer outra pessoa do universo seria capaz de sentir naquele momento. Sentiria falta de cada traço teu como se fosse o ultimo dia da tua vida, esqueceria minha razão nos teus olhos e me permitiria chorar como todos fazem. Aí passaria. Eu já não planejaria um acaso tão distante da realidade, não cederia, manteria a distância que sempre desejei, sem me perder na saudade.
Depois eu encontraria alguém. Ele faria doer ainda mais tudo o que latejava por você e não se importaria com as minhas cicatrizes antigas. Eu te deixaria de lado, você seria só um pedaço da história que eu contaria nos monólogos nostálgicos sobre a minha juventude bem vivida, uma breve passagem do meu tempo. Isso seria tudo. Eu sequer lembraria de você quando a minha felicidade e as novas dores chegassem. As dores de quem se apaixona. As dores de quem vive.
Poderia ter sido fácil, mas não é.
Você se vai, passam os meses, eu vivo. Você volta, eu congelo. Você é o centro do meu mundo. Você está presente nas noites mal dormidas, nas canções, nos textos, nos sonhos dos quais acordo a ponto de me partir ao meio. Você arranha a minha ferida inflamada, incompleta meu ciclo. A tua história, que antes se cruzaria apenas com o prefácio da minha, já chega a conclusão.
Estou assim, pela metade. E se um dia achar alguém pra me completar, ficará a incompatibilidade da coisa mal ajustada. Eu vivo em busca dos traços do antigo no novo. De alguma forma você sempre está lá. No meio de tanta gente, você está lá. E eu só gostaria de encontrá-lo, mas é inútil: você se esconde.
sábado, 21 de fevereiro de 2009
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
Boa noite
Na TV escura que se apoiava na estante de marfim, se passavam diálogos inaudíveis, já que prestar atenção poderia ser uma tarefa difícil. Tinha uma nuvem de mel desenhando o rosto dos meus sonhos no ar. Os pensamentos voavam pra longe e com leveza aterrissavam no azul topázio dos olhos mais bonitos que eu já havia visto na vida - e eles eram meus. Na tentativa de me arrastar para a realidade, me foquei na pergunta vaga que saía da TV:
- Dentre todas as pessoas do mundo, nesse exato momento, de quem você realmente gostaria de ouvir um "boa noite"?
Num esforço inútil passei por entre as rodas de amigos buscando nomes, sem resultados. Apenas uma voz me importava agora. E o nome do dono era um mistério para mim. Eu estava irremediavelmente apaixonada, como nunca pensei que alguém poderia estar um dia. Adormeci e logo os sussurros se fizeram reais outra vez:
- Boa noite.
sábado, 24 de janeiro de 2009
- Você pode correr de alguém que você teme, você pode tentar lutar com alguém que você odeia. Todas as minhas reações eram direcionadas a esses tipos de assassinos – os monstros, os inimigos.
- Quando você ama a pessoa que está te matando, não te restam opções. Como você poderia correr, como você poderia lutar, quando fazer isso machucaria o seu amado? Se sua vida fosse tudo o que você tem a dar ao seu amado, como você seria capaz de não dá-la?
- Se fosse alguém a quem você realmente ama?
- - Breaking Dawn - Prefácio
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