Foto por GiladO ano está acabando - de novo - e isso me lembra das minhas resoluções. Todo fim de ano eu fico aqui repassando o meu passado, reescrevendo o que há de vir e no ano seguinte não foi nada daquilo. Mas e com quem não é assim?
Não que eu não seja dona do meu próprio destino, mas eu sou meio inconstante. Hoje eu queria ter o mundo todo. Amanhã só uma ilha.
Esse ano eu imaginei um monte de coisas pra mim. Modifiquei outras também. E cá estou eu, de certo modo intacta. Os sonhos mudaram, as metas cresceram, o cabelo clareou, os olhos vêem do ângulo contrário, mas a casa ainda é a mesma. A cidade e amigos, esses que recriei, ainda são mais do mesmo. Perdi uns, deixei outros, ganhei o restante. Mas me diga: eles são algo do que idealizei com precisão?
Não são. Nunca são.
No fim é coisa do destino mesmo.
A gente muda o nosso próprio mundo, mas o destino nos dá o dia-a-dia imprevísível. A gente escolhe o caminho, mas o destino nos dá as opções.
Os sonhos mudam e quando olhamos pra dentro descobrimos que somos devotos daquilo que um dia ousamos desacreditar.