Para o único que pode melhorar meu mês.
"Você não entende", minha memória falha resolveu me devolver esse momento. Essa foi a frase que te fez desligar o telefone permanentemente, não responder emails e dar ordens à nova secretária, dizendo que não quer saber de mim, não é?
Mas eu, tentando como louca, continuei mandando todas aquelas mensagens sem efeito. "O que eu fiz?". "Sinto muito". "Mesmo". "Me liga". Agora até me sinto um pouco envergonhada.
Você não retornou e acho que já te entendi. Mas olha, só pra você saber, não vou cansar de me explicar e acho que eventualmente você poderia tentar fazer o mesmo. É que eu realmente acredito que nós não precisamos de amor. Você diz que precisa, mas acho que deveria pensar melhor sobre isso. Eu sequer entendo o conceito dessa palavra. Mas, apesar disso, acredito em nós. Não de um jeito moderno, descompromissado, mas de qualquer jeito que sacie essa minha vontade de ficar perto, junto, dentro. De ter a quem ligar, de ter alguém pra atender.
Então se você quiser voltar, eu te deixo ditar as regras. Tudo pra me livrar dessa dor - quase física - que acompanha a falta dos teus beijos assinando o "bom dia" rabiscado duas vezes por semana no meu espelho embaçado. Considere. A chave ainda é a mesma, assim como a vontade de ligar o teu chuveiro e me molhar de você.
Promessas: continuar rindo dos seus vizinhos, como você tanto gosta, e do mundo dos outros também.
Exigência: me deixar te mostrar o meu.
Beijos.
P.S.: Não gostei da nova secretária.
Nenhum comentário:
Postar um comentário